A Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou, nesta terça-feira (12/4), reunião para tratar dos temas da área. O Seconci-MG esteve representado pela supervisora do Serviço Social, Sylvia Helena Costa. A programação especial contou com convidados para apresentar assuntos de alta relevância, como ESG e educação, além da participação de gestoras de outras comissões da entidade, como a de Meio Ambiente, a de Infraestrutura, a de Habitação de Interesse Social e da Indústria Imobiliária.
A presidente da CRS/CBIC, Ana Cláudia Gomes, ressaltou que a agenda ESG precisa ser entendida para ser objeto de planejamento das empresas e das entidades. “Para que a gente coloque em ação uma série de atividades que precisam ser inseridas para alcançar a competitividade, a produtividade e os retornos que queremos”, disse.
O engenheiro e consultor e Chairman da Progesys Acttioa, Marcelo Figueiredo, realizou a apresentação “Por que ESG?”. Durante sua fala, explicou sobre três objetivos primordiais: econômicos, sociais e ambientais. Os econômicos abordam fatores como crescimento, valor para acionistas, eficiência e inovação. Os sociais, empoderamento e equidade, inclusão social, identidade cultural e desenvolvimento institucional. Já os ambientais, ecossistema, clima, biodiversidade e capacitação técnica. “As entidades, as empresas e as pessoas físicas estão procurando ESG. Gera mais facilidade na atração de investimento, além de reputação”, apontou.
A segunda parte da reunião contou com apresentação do projeto Alicerce, que tem como objetivo transformar o setor da construção civil por meio da educação. Ana Cláudia Gomes disse que a educação é a base para todo crescimento, investimento, aprimoramento de processos e melhoria de produtividade. “A gente tem feito um trabalho em parceria com o Alicerce. Precisamos entender que tudo que a gente implementa nas empresas e nas entidades é a partir das pessoas”, afirmou.
Em um panorama sobre a educação no Brasil, a diretora do Alicerce, Paula Ávila, afirmou que 95% dos brasileiros precisam de algum reforço da sua base educacional. 68% dos jovens chegam à idade de trabalho com deficiências cognitivas e socioemocionais. “Além disso, 30% é a taxa média de desemprego de jovens de 18 a 24 anos, devido aos gaps educacionais. 61% das empresas relatam dificuldade para encontrar mão de obra minimamente qualificada”, afirmou.
Segundo ela, a produtividade do trabalho é um dos principais indicadores de competitividade das indústrias. “No Brasil, o baixo nível de educação de base e a ausência de ofertas para capacitar e treinar os profissionais com qualidade são impeditivos para que a competitividade das indústrias cresça”, destacou.
Paula ainda explicou que o Alicerce ajuda empresas a transformar vidas do setor da construção através da educação. Com aprendizagem centrada no aluno, personalização do ensino e boas práticas de metodologia ágil, recuperamos a base educacional de milhares de brasileiros fazendo com que empresas aumentem a produtividade na operação, recrutem melhor por menor custo, promovam a diversidade e impactem a sociedade e a região que estão inseridas.
(Fonte: Agência CBIC)