O Seminário “Trabalho em Altura – tudo o que você precisa saber sobre ancoragens, EPI e Projetos”, promovido pelo Seconci-MG, no dia 23/08, durante o Construa Minas, contou com palestras, debates e exposições de especialistas no assunto, com expertise em questões técnicas e normativas em torno do trabalho em altura (NR35).
O evento do Seconci-MG contou com o apoio da Superintendência Regional do Trabalho, Kronos Soluções e Projetos LTDA, Mine Safety Appliances e Todo Cultura. Com sala lotada, os mais de 90 participantes aprofundaram os conhecimentos nos seguintes temas:
O primeiro painel: “DESAFIOS PARA A GESTÃO DE SST NO SETOR DA CONSTRUÇÃO E A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS E NORMAS VIGENTES (NOVAS NBRS), COM FOCO NO TRABALHO EM ALTURA”, teve a participação dos palestrantes:
– Andreia Kaucher Darmstadter: engenheira de Segurança do Trabalho, supervisora do Departamento de Segurança no Trabalho do Seconci-MG.
– Ricardo Fleury Barcellos: engenheiro civil e auditor fiscal do Ministério do Trabalho.
Andreia Darmstadter reiterou que o trabalho em altura tem um grau de sensibilidade muito grande. Nesse sentido, comentou a supervisora, são fundamentais os projetos e o cumprimento de normas, como a Norma Regulamentadora 18, auxiliando na prevenção do alto índice de quedas. Para Andreia Kaucher, o treinamento para trabalho em altura “é algo inegociável”: ou seja, não dá para fazer com improvisação. É uma questão, explicou, de saber se o trabalhador tem capacidade, por meio de uma avaliação médica, além de todo um protocolo de treinamento. “Tudo começa pelo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), para se ter conhecimento do que se faz naquela função”, comentou.
Já o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Ricardo Fleury Barcellos, destacou a necessidade da adaptação dos projetos à realidade sempre que possível. Ele citou ainda questões essenciais a serem consideradas do ponto de vista técnico, como da altura da queda e da elasticidade do elemento de sustentação. E ressaltou avanços, por meio da substituição de equipamentos e materiais que resultaram em melhorias. “Os cintos de segurança, as cordas, os talabartes – dispositivos conectados ao cinturão do tipo paraquedista que prendem o trabalhador a um ponto de ancoragem, para retenção de queda ou de posicionamento melhoraram muito nas últimas décadas.”
O segundo painel do seminário contou com a palestra técnica “ANCORAGEM É TUDO IGUAL”?, ministrada pelo engenheiro civil e de Engenharia de Segurança do Trabalho, Rodrigo Fonseca, da Kronos Soluções e Projetos LTDA, que abordou os aspectos técnicos, normativos e de fundamentos.
Em sua exposição, Rodrigo informou que antes de mais nada a ancoragem precisa ser feita de forma correta. Tudo começa na fase de projeto, ou seja, conhecer a dinâmica do trabalho em altura para desenvolver o melhor sistema. “Cerca de 80% das instalações de ancoragem hoje estão erradas. As corretas, 20%, possuem, por exemplo, uma documentação, projeto executivo e seleção de material”, reiterou. Segundo Rodrigo Fonseca, essa seleção precisa ser muito criteriosa, com um fator de segurança muito alto. “Uma instalação inadequada pode reduzir a resistência da ancoragem”, enfatizou.
Já o tema da última palestra ministrada durante o seminário foi “DIFERENÇAS NOS CINTOS PARA TRABALHOS EM ALTURA E OS CUIDADOS NECESSÁRIOS”, e ficou a cargo do engenheiro mecânico e gerente de produtos da MSA Safety, Rogério dos Santos Sousa, que focou na NR 35 – norma regulamentadora que estabelece padrões de segurança para o trabalho em altura no Brasil e que visa garantir segurança, sem colocar em risco a vida e a integridade.
Durante o Seminário promovido pelo Seconci-MG sobre Trabalho em Altura, o grupo Todo Cultura – de produção teatral e audiovisual, especializado em comunicação para conscientização, treinamentos, responsabilidade social e ambiental para o meio corporativo -, parceiro do Seconci-MG, realizou esquetes cênicos, tanto na abertura quanto nos intervalos entre as palestras, sempre pontuando e reforçando o tema do evento.
(Fonte: Com informações da Interface Comunicação)
Após a realização do Seminário sobre Trabalho em Altura, os dois palestrantes Rodrigo Fonseca e Rogério dos Santos Sousa visitaram as instalações do Seconci-MG.
A supervisora do Departamento de Segurança no Trabalho da entidade, Andreia Darmstadter, apresentou as instalações do Centro de Treinamento e a torre de treinamento para Trabalho em Altura (NR35).