Após cerca de 1 ano e 10 meses desde que a Covid-19, causada pelo Novo Coronavírus, foi declarada como pandemia, precisamos manter os cuidados para evitarmos contaminações com as novas cepas, como a Ômicron, que vai se tornando a forma prevalente no estado de Minas Gerais, e a região metropolitana de BH acompanha esta tendência.
As observações científicas até o momento sugerem que a Ômicron é de transmissão muito mais fácil que as cepas anteriores, embora bem menos agressiva. Estas características, aliadas à vacinação de uma porcentagem considerável da população adulta no Brasil, a exaustão de todos quanto a medidas como uso de máscara e distanciamento, e as festas de fim de ano resultam num aumento do número de casos, mas, que não tem demandado, até o momento, a equivalente repercussão nas ocupações de leitos hospitalares, o que já é uma boa notícia. Contudo, não é garantia de que tendo um volume grande de infecções, uma porcentagem pequena que evolua com agravamento não leve a uma necessidade de leitos hospitalares e de CTI, que podem já ter sido desmobilizados, assim como as equipes médicas já cansadas e desfalcadas pela contaminação também dos profissionais.
O momento também é de aumento de casos de gripe pelo vírus Influenza, com indicativo de predominância do H3N2. A vacina contra gripe é preparada anualmente conforme a projeção da cepa predominante e a vacina que foi usada em 2021 não é específica para a cepa circulante da H3N2 (Darwin), mas está sendo capaz de produzir proteção cruzada, segundo noticiou o Instituto Butantan, que é o produtor da vacina distribuída pelo Ministério da Saúde.
Embora tenha ocorrido flexibilização para eventos, não houve orientação para suspender os cuidados e triagens nos ambientes de trabalho.
Lembramos especialmente a conduta de procurar estabelecer horários de trabalho de modo a evitar os horários mais cheios do transporte público e, dentro do possível, evitar exigir atestado médico dos trabalhadores, o que pode levar a uma busca inadequada de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), visando apenas obter atestado para justificar a ausência.
Lembramos, ainda, que o Seconci-MG proporciona Teleorientação exclusivamente para casos suspeitos de Covid-19, no sentido de auxiliar as empresas e seus trabalhadores, evitando também sobrecarregar o SUS.
A teleorientação deve ser agendada através do e-mail social2@seconci-mg.org.br, e a empresa deverá informar o nome completo do funcionário que irá consultar e seu telefone de contato, além de alertá-lo de que será contactado por um médico da entidade, conforme disponibilidade de horário do profissional.
As empresas que têm PCMSO no Seconci-MG poderão recorrer ao documento “Medidas para Combate à Covid-19 no Âmbito da Empresa”, que contém orientações voltadas para as especificidades do setor. No site do Seconci-MG estão disponíveis também cartazes e vídeos. Os vídeos podem ser enviados para o Whatsapp dos trabalhadores, de forma a divulgar as informações sem aglomeração, e podendo ser acessadas inclusive pela família.
A vacinação contra Covid-19 é um instrumento importante na estratégia de combate à doença, e neste sentido continuamos recomendando às empresas que, para aqueles trabalhadores que queiram ser vacinados ou tomar a dose de reforço, seja feita a liberação do turno de trabalho, e como comprovação do horário seja suficiente a apresentação do cartão confirmando que foi vacinado. Reforçamos que não se trata de exigir a vacinação, mas sim de comprovar que no turno em que foram liberados para vacinação, ela tenha efetivamente ocorrido. O cartão de vacina precisa ficar com o trabalhador.
Recomendamos que as empresas e os indivíduos reforcem as orientações, triagens e campanhas para que todos adquiram um novo fôlego e possamos seguir mantendo nossas atividades e a saúde de todos.
Dra. Ana Lúcia Elias de Almeida
Médica Coordenadora do Seconci-MG